OPINIÃO
Algo de muito irresponsável vem ocorrendo no Brasil.
A antiga leniência com a criminalidade, que já era temor para a população brasileira, ganhou força e adeptos e se transformou em apologia aos delinquentes. Criminoso agora é exemplo e deve, por todos os meios, ser protegido.
Na capital da república, o judiciário (TJDF) decidiu que bandido condenado, e em regime semiaberto, pode trabalhar como motorista de transporte por aplicativo.
Não fossem as preocupações com dia a dia, com a obtenção de trabalho, com as despesas de casa, com a escola dos filhos e principalmente com a saúde, o brasiliense agora vai passar a pesar se vale a pena se arriscar também no transporte por aplicativo.
Mas não é só no DF. O bandido virou ídolo nacional.
A Suprema Corte brasileira, em sessão virtual de ontem, 17/08/2020, julgando ação do partido político PSB, alcançou maioria pela imposição de medidas restritivas à política de segurança pública no estado do Rio de Janeiro.
As restrições começam pelo uso de helicópteros e chegam às operações próximas a escolas, hospitais, creches e postos de saúde (nas imediações desses locais os delinquentes terão salvo-conduto).
A insegurança determinada pelo STF se iniciou com decisão monocrática do ministro Fachin, e mantida pelo plenário da Corte, suspendendo as operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro. Favela se alforriou para o tráfico de drogas e crimes de qualquer espécie, sendo, agora oficialmente, transformada em terra de ninguém.
Estado referência para negligentes gestões públicas, especialmente na segurança, a Suprema Corte agrava o contexto fluminense ao garantir proteção aos delinquentes. O cidadão está perplexo e abatido com a leviana inversão de valores.
Como consequência, investir no estado do Rio de Janeiro é projeto não aprovado na mais simples análise de gestão de risco e a cidadania foi entregue à própria sorte.
Aos bandidos, tudo!
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