ARTIGO
HÉLIO MENDES
O título é uma frase de Sir Winston Churchill, estadista britânico, primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Contrariando tudo e todos do primeiro escalão, mas não o povo, foi o responsável pela Inglaterra não se entregar e tornar-se uma vencedora, quando parte significativa da Europa já estava sob o domínio de Hitler.
Podemos estar cometendo um certo exagero, comparando um período de guerra com o que vivenciamos agora, mas, quando olhamos o nosso passado e principalmente os nossos modelos empresariais, os setores que antes lideravam a economia e os que a lideram hoje, notamos não haver exagero algum.
É hora de os executivos deixarem suas poltronas e passarem a ser estadistas. Não podem ficar só nos gráficos, e muito menos tomar decisões orientadas por mídias que há tempos são dirigidas por poucos. As decisões estratégicas estão por trás das aparências, por trás daquilo que não está visível num primeiro momento.
O que se exige ter de líderes – e não chefes – em todos os setores das organizações? Que sejam pessoas que tenham sentimentos, com coragem de dizer “não” a quem ocupa cargos superiores, de questionar a todo o momento a cadeia de comando, de colocar à disposição o seu cargo quando não acreditam na viabilidade de um projeto.
Se o ciclo de vida de tudo está diminuindo para se reinventar e poder competir, não podemos ser prisioneiros de ideias. Temos até que contradizer o que defendemos durante muito tempo.
HÉLIO MENDES. Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br