Surge, em Barra do Piraí, município do Estado do Rio de Janeiro, espontâneo movimento “Mulher barrense vota em mulher”, que, se bem coordenado e divulgado, pode promover um expressivo salto de qualidade na Câmara de Vereadores do município.
Essa mobilização foi estimulada pelos pífios desempenhos apresentados pela Câmara de Vereadores nas últimas legislaturas. Um levantamento na atuação dos edis, quando a instituição foi composta exclusivamente por homens, revela simples polarização entre situação e oposição ao poder executivo, prevalecendo estéreis discussões sobre ocupações do espaço político, negligenciando as finalidades da Câmara.
O Poder Legislativo municipal limitou-se a reagir às ações do Poder Executivo, com poucas atitudes pró-ativas, obviamente com honrosas e raríssimas exceções.
As consequências desse comportamento foram deletérias para o desenvolvimento municipal e a sensibilidade feminina percebeu que, unidas, podem promover evolução, especialmente no conceito de progresso, pela qualificação e consequente fortalecimento do legislativo. Agrega-se ainda o resgate da representatividade que a característica feminina proporcionará.
Esse movimento nos parece de relevante significação, pois sinaliza positivamente o abandono do interesse individual, em benefício da coletividade, algo inusitado e impensável em campanha política.
O provável resultado é um legislativo capacitado, determinado e comprometido, com enorme potencial para inibir reprováveis ações do executivo e contribuir com fiscalizações incisivas e projetos relevantes para o desenvolvimento municipal.
Uma ideia que merece ser apoiada e reproduzida.