AGRONEGÓCIO BARRENSE PRECISA REAGIR
Em janeiro de 2021, logo após a posse dos atuais prefeitos, demonstrei minha incredulidade com os destinos do agronegócio barrense. A perplexidade surgiu pela nomeação, para a Secretaria de Agricultura municipal, de alguém com perfil completamente inadequado para a função.
Naquele momento, pareceu-me que não havia qualquer interesse da Prefeitura em desenvolver o agronegócio barrense.
Infelizmente, as expectativas se confirmaram. Passados três meses desde a posse, a Secretaria nada apresentou de relevante, seja como resultado, seja como perspectiva.
Não é preciso lembrar que o setor agroalimentar vem se desenvolvendo de forma acelerada no Brasil e no mundo, potencializando-se, inclusive, nesse momento de pandemia. Há latente e ampla oportunidade aguardando interessados.
E o que faz a Prefeitura barrense? No portal oficial da Prefeitura, nenhuma informação é disponibilizada. Fontes da população indicam que a Secretaria atua no varejo, em ações pouco representativas para o todo. Aduba uma árvore aqui, outra acolá, consegue um trator ali, mas a floresta continua firme em sua decadência.
Nem ações simples, como repaginar a feira, alavancando economicamente o produtor/feirante e melhorando o atendimento ao consumidor, são percebidas, provavelmente por falta de conhecimento do setor e pela carência de ousadia, característica do gestor competente.
Nesse diapasão, o agronegócio barrense não decolará.
A Secretaria faz exatamente o que vem sendo feito há décadas, mas não planeja, não interage com o setor privado, não pesquisa novas fontes de recursos, não se articula com organismos internacionais, não injeta recursos no setor, não capacita seus funcionários, enfim não se organiza para administrar o fomento e ser parceira de um setor pujante, extremamente dinâmico e sedento por tecnologia. Um setor que, bem administrado, pode representar a reabilitação econômica do município.
A escolha do Prefeito municipal, provavelmente lastreada em acordo político, revela o escancarado desprezo que nutre pelo agronegócio, retirando-lhe qualquer chance de perspectiva.
Sem organização do setor privado, a tendência não se reverterá.
Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP; Consultor em Relações Institucionais.
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