“Sem inimigos, não há nação forte”
Este é um dos conceitos cunhado pelo sociólogo e historiador norte-americano Charles Tilly: “Sem inimigos, não há nação forte”. Ainda faz sentido… Estamos “bem”, ou seja, o Brasil tem, disfarçados de bons amigos, inimigos externos e, internamente, pseudobrasileiros.
Mas o conceito de Tilly sempre foi bom para os negócios. Quando há concorrência, as empresas se preparam melhor. Entre os países, durante um bom tempo, não foi diferente. Com a necessidade de defesa, desenvolveu-se a indústria bélica, que contribuiu para o desenvolvimento de vários setores da sociedade.
Porém, o inimigo não pode ser mais forte do que somos. Acredito que não vai acontecer nada tão grave com o Brasil, vamos ficar em um limite que nos fará bem.
Estamos sendo obrigados a fazer as reformas necessárias, a pensar mais no País. Hoje temos um ambiente de debate. A democracia tem o poder de purificar o ambiente, expelir o que não é favorável ao todo.
A guerra hoje tem novos propósitos, novos atores, um novo perfil. Não acontece mais entre as grandes potências mundiais, e sim entre Estados fracos internamente, o que exige maiores cuidados, pois isso pode comprometer a coesão interna e, consequentemente, o desenvolvimento do país.
Nota-se que alguns setores da sociedade têm de forma clara a importância da coesão, com destaque as Forças Armadas, que nunca deixaram de se preocupar com os assuntos estratégicos.
Vivemos um momento no qual os Estados-Nações estão em crise – e isso não é bom. É hora de o cidadão assumir por inteiro o seu papel, lutar pela união nacional e deixar de valorizar e de impulsionar “fuxicos” nas redes sociais.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br