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MULHERES PARA O GDF

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MULHERES PARA O GDF


Pela primeira vez na história, o Distrito Federal pode eleger uma Governadora (Maria de Lourdes Abadia foi eleita Vice-Governadora).

A conjuntura política e o empoderamento feminino construíram um cenário favorável à ascensão de representantes políticas do sexo feminino com probabilidade de sucesso no próximo pleito de 2022.

Além da própria caminhada política das candidatas, contribui para esse cenário a fragilidade que intimida o atual Governador Ibaneis Rocha (MDB), ameaçado pelas investigações envolvendo seu ex-Secretário de Saúde por desvios de recursos para o controle da pandemia, por denúncias de desvio de recursos do DF para seu Estado natal, Piauí e, finalmente, por acordos costurados com a Assembleia Legislativa para arquivar os pleitos de CPI para investigar responsabilidades sobre os desvios mencionados.


Com esse cenário, surgem, então, as possíveis candidatas:


ADÉLIA FREJAT (Sem Partido), participou ativamente das campanhas políticas do Dr. Jofran Frejat, representando seu legado, e pode se candidatar ao GDF. Tanto é que sua candidatura começa a decolar com apoio da Federação Brasiliense de Líderes Comunitários – Febralico e do Movimento Legado Dr. Frejat. Vai necessitar de apoio político e acordos partidários.

BIA KICIS (PSL), Deputada Federal em seu primeiro mandato, eleita com 86 mil votos, assumiu a Presidência da CCJ da Câmara dos Deputados, onde vem conquistando apoio do eleitorado candango pela sua incondicional defesa de temas de interesse do país, como voto auditável, PEC da bengala e outros. Sua candidatura ao GDF pode ter apoio explícito do Presidente Bolsonaro, transformando-a em forte candidata.

ELIANA PEDROSA (PROS), Deputada Distrital por 3 legislaturas, foi candidata ao GDF nas últimas eleições, perdendo no primeiro turno com 7% dos votos válidos. Possui capital político para a Câmara Distrital e necessita de apoios políticos e acordos partidários para a Câmara dos Deputados e para o GDF.

ÉRICA KOKAY (PT), Deputada Federal em seu terceiro mandato, pode se candidatar com o objetivo de garantir palanque para a campanha de Lula à Presidência da República. Se a onda Lula não se repetir, como em 2002, sua candidatura pode se limitar a palanque para seu líder político.

FLÁVIA ARRUDA (PL), candidata a Vice-Governadora na chapa de Jofran Frejat em 2014, foi derrotada por Rodrigo Rollemberg (PSB), mas eleita, em 2018, Deputada Federal em seu primeiro mandato com 121 mil votos, sendo a candidata mais votada no DF. Votou a favor da Reforma da Previdência e assumiu a Secretaria de Governo da União. Casada com ex-Governador José Roberto Arruda, investigado e preso por envolvimento no mensalão do DEM, mas com relevante capital político.

Especula-se acordo político com o Governador Ibaneis, para se candidatar ao Senado Federal, com apoio do Presidente Bolsonaro, mas também é possível, pela fragilização do Governador, que se candidate ao GDF, com Ibaneis saindo para o Senado. É forte candidata, pelo trabalho desenvolvido na Secretaria de Governo, pela trajetória na Câmara dos Deputados, pela força política do marido e pelo possível apoio do Presidente da República.

LEILA BARROS (PSB), foi eleita Senadora da República em seu primeiro mandato com 467 mil votos, sendo a candidata mais votada e a primeira mulher a se eleger para o Senado no DF. Defendeu corte de privilégios e foi contra a liberação da maconha e a descriminalização do porte de armas e exercita forte oposição ao Presidente Bolsonaro. Candidatura sem riscos, pois está em meio ao mandato de Senadora, mas dependente de apoios políticos e de acordos partidários.

PAULA BELMONTE (Cidadania), foi eleita Deputada Federal em seu primeiro mandato com 46 mil votos, pertence a Frente Parlamentar do Agronegócio e é contra a legalização do aborto. Ferrenha opositora ao Governador Ibaneis, especula-se sua candidatura ao GDF nas próximas eleições. Casada com Luiz Felipe Belmonte, membro da cúpula para criação do Partido Aliança, pode receber apoio explícito do Presidente Bolsonaro, transformando-a em forte candidata.

As conversas políticas ganham velocidade, muitas redefinições acontecerão ao longo do percurso, mas esse é o quadro atual que se visualiza de articulações e especulações das candidaturas femininas para as eleições majoritárias de 2022 no DF.

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