Na volta das pessoas ao trabalho presencial, com a necessidade de formar boas lideranças em um mundo onde todas as idades estão voltadas para a tecnologia e a inovação, sai do baú da História a questão da valorização de cada indivíduo.
Observando a globalização acelerada, as compras nas redes, o teletrabalho, nota-se que tecnologia, produtos, máquinas e matérias-primas estão à disposição de todos; entretanto, já sem o valor que agregavam no início desse processo. Porém, à frente de tudo estão as pessoas, as equipes e as lideranças.
A formação de bons líderes – não apenas desenvolvedores e operadores de sistemas, mas pessoas preparadas para liderar – cresce em importância. A lua de mel com a tecnologia, como paradigma, não se esgotará, mas os cursos voltados para as pessoas e como conduzi-las devem-se fazer mais presentes – e com mais força.
Para que isso aconteça, devemos resgatar e repensar teorias de tempos atrás, o que não é nada fácil.
O primeiro desafio é convencer a geração dos millennials de que pessoas são o mais importante; como também a geração X (os que nasceram antes da internet) a voltar a valorizar algumas práticas antigas, ou melhor, modelos os quais eles acreditavam que não usariam mais. É preciso colocar os seres humanos acima do arsenal tecnológico que surgiu nos últimos anos.
O segundo desafio: quando você estuda Teoria da Administração, nota que cada pesquisador tem um conceito diferente sobre liderança, gerando a necessidade de escolher um estilo mais orientado para as tarefas ou para as pessoas.
O ideal é o que consegue conciliar ambos os aspectos, o que nos lembra BLAKE, R.R.; MOUTON, J.S. O novo grid gerencial. (The new manegerial grid) 4. ed. São Paulo: Pioneira, 1987.
Acreditamos que, nas organizações que estiverem à frente desta volta priorizando as pessoas novamente, a formação de lideranças terá mais sucesso. Não é deixar de olhar para a tela de computadores, smartphones ou tablets, mas priorizar os indivíduos que os estão utilizando.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br