Cooperativas como plataformas
Uma cooperativa pode ser uma plataforma de negócios. Não é uma crítica e muito menos uma ameaça ao modelo tradicional, mas uma grande oportunidade, considerando que uma plataforma é uma interação entre produtores e consumidores, criando valores para todos os envolvidos. Isso é possível graças às novas tecnologias e à internet.
O foco das cooperativas, com algumas exceções, tem sido os produtos e o cooperado, e não os consumidores. E, quando elas possuem supermercados, abrem para compradores locais, com pouca ênfase.
A cooperativa como plataforma pode passar a ser uma organização exponencial, com uma relação planejada com o ambiente virtual, criando uma conexão não só com seus cooperados, mas com quem tiver algo a oferecer ou demandar por produtos e serviços, mesmo não sendo ligado diretamente a esse modelo de negócio. Dessa forma, os proprietários/cooperados passarão a ter os benefícios dos resultados.
Com isso se cria um círculo virtuoso e exponencial, o qual, em curto espaço de tempo, extrapola em muito o mercado tradicional atendido – lembrando que as maiores empresas hoje são plataformas de negócios que trocaram o modelo estratégico, criado com base em uma visão setorial, pelo mercado total, expandido.
O fator de sucesso inicial acontece a partir das competências centrais. Estas são os recursos estratégicos que a cooperativa realiza com excelência, construídos ao longo da sua história, e que podem ser ampliados por meio de plataformas de negócios, oferecendo mais com menos, aumentado a sua competitividade. Isso exige equipes mais adaptativas, criativas, uma nova estratégia e transformação cultural.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br
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