O CANDIDATO PERDE IMPORTÂNCIA
Provavelmente, nós os brasileiros não consigamos ainda perceber a importância desse ano de 2022. Estamos em ano eleitoral, mas não um ano eleitoral qualquer.
Há quatro anos o país promoveu radical mudança em sua direção, alterando conceitos e, essencialmente, princípios éticos e morais. A centenária cultura do estado paternalista cedeu lugar à necessidade do empreendedorismo, exigindo drásticas adaptações no comportamento, mexendo com o cotidiano de grande parte dos brasileiros.
Nesse ano, o cidadão voltará às urnas para, na realidade, decidir entre manter a direção atual ou retornar ao status quo do passado. Com a experiência dos resultados da atual administração e olhando para as disputas políticas anteriores, percebe-se claramente que, lá atrás, as diversas propostas de todos os candidatos diferiam na perfumaria, mas eram idênticas na essência. Em 2018 esse enredo não se repetiu.
A importância dessa eleição não está no candidato, mas no que ele representa. Há muito o eleitor não se via em tão relevante encruzilhada: estado provedor ou estado enxuto.
A base da decisão não é simples, pois será preciso pesar itens de impacto coletivo como corrupção, ensino eficiente, segurança confiável, saúde eficaz, geração de emprego qualificado e itens de interesses individuais como benefícios e benesses familiares, indicações, acesso a recursos públicos, etc. Ambos conflitantes.
Articulações, acordos, propaganda e campanha se intensificarão, mas o eleitor avaliará com cuidado as perspectivas da encruzilhada.