Ameaça para as empresas conservadoras
O que entendemos, no aspecto corporativo, por empresas conservadoras, são as que desenvolveram um modelo de sucesso; atualizam-se raramente, no máximo uma vez por ano; opõem-se a grandes mudanças ou têm dificuldades para realizá-las; foram criadas em uma época na qual o ambiente mudava pouco; ou, ainda, atuam em setores de baixa ou média concorrência.
Essa ameaça transforma o seu quadro de funcionários em bons e meros executores e de baixa visão estratégica e o ambiente interno, em um contexto de pouca ou nenhuma criatividade, atributo indispensável atualmente.
Podemos comparar, em certo sentido, as empresas conservadoras aos antigos lares de longa permanência, que foram criados para pessoas bem idosas ou que por motivos diversos ali moravam. Mas vale lembrar que estes já não são mais conservadores, suas equipes são de profissionais criativos, cujo objetivo é oferecer um ambiente dinâmico, de saúde e de felicidade.
É importante destacar que as empresas conservadoras cultivam a prudência, o oposto da ousadia, uma das características das organizações contemporâneas – mas isso não significa incentivo à irresponsabilidade. Temos ferramentas de gestão criadas para atender a esse novo modelo.
O principal desafio dos gestores é mudar do modelo de prudência para o de ousadia, de uma empresa conservadora para uma inovadora, em que as equipes não cultivam apenas um modelo de jogo – o que exige dos executivos a atitude de desistirem de ser os únicos responsáveis pela estratégia.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br