Deputado e ministro Homero Santos faz falta
Oh, quão bom e agradável é escrever sobre Homero Santos!
Dia 29 de janeiro é data do seu aniversário.
Homero nos deixou em outubro de 2008 – e não tivemos, com respeito aos demais representantes, outro com o seu perfil. Foi um sacerdote da política, ao lado de João Pedro Gustin, outro idealista.
Um político que atendia a todas as classes sociais, todos os dias da semana, em qualquer hora do dia ou da noite. Não entrava em uma escola ou um restaurante sem ir a todas as mesas e à cozinha.
Temos orgulho de tê-lo assessorado e o privilégio de tê-lo acompanhado por toda a região, saindo de madrugada para chegar ainda em horário adequado à última cidade do Triângulo, retornando a Uberlândia à noite, após passar por vários municípios, visitando do prefeito aos mais simples cidadãos.
Assim foi Homero.
Certa vez perguntei a ele se, caso alguém lhe fizesse uma crítica, ele responderia. Ele disse: “Não, em política não se deve passar troco, não faz bem a quem faz e nem a quem recebe”.
Não falava mal das pessoas, foi um homem do bem. Não deixava uma carta, um pedido sem resposta, especialmente nas horas de tristeza. Não guardava rancor, tratava os adversários com respeito, soube fazer a boa política. Não via na pessoa um eleitor, como acontece hoje, mas um cidadão.
Se pudéssemos resumir em uma única palavra quem foi Homero, seria “servir”.
Ele serviu a todos, principalmente os menos favorecidos; comparecia às localidades não apenas na época das eleições, mas nos quatro anos de mandato. Deixou muitas amizades e obras em toda a região.
Começou como vereador em Uberlândia, teve vários mandatos como deputado e seu último cargo foi como ministro do Tribunal de Contas da União. Por onde passou, levou a boa nova, com simplicidade e idealismo, que faltam hoje na maioria dos políticos brasileiros. Fez parte de uma geração que deixou saudades.
Homero Santos faz falta.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia.
