O Distrito Federal foi palco, nessa semana, da desistência de um pré-candidato à Presidência da República. Senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG), Presidente do Senado Federal e, por conseguinte, do Congresso Nacional, usou a tribuna do Senado para informar sua deserção da candidatura.
A desistência do Senador possivelmente provocou gigantesco alívio ao presidente do PSD/DF, ao permitir que sua legenda regional se liberte de apoiar obrigatoriamente um candidato não competitivo.
Considerando o avanço de certas articulações, é possível que o PSD filie e apresente o Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite,como pré-candidato à Presidência da República, oferecendo ao PSD/DF uma nova liderança.
A terceira via, por sua vez, ao perder um de seus integrantes deveria sofrer redistribuição de intenções de votos para Ciro Gomes, João Dória, Eduardo Leite e Sérgio Moro, o que não ocorreu pela inexpressividade da pré-candidatura do Senador.
Nas condições normais de temperatura e pressão, uma movimentação dessa envergadura teria o poder de provocar efervescência nos meios políticos brasilienses.
Não o fez porque a pré-candidatura não decolou e a melhor decisão foi desistir enquanto não contaminava a sua imagem.
Atualmente, as candidaturas com alguma expressividade da terceira via dividem seu eleitorado entre os quatro mencionados pré-candidatos, divisão eleitoral que, mantida, traduz conforto e segurança para as candidaturas polarizadas.
Sem ocorrência de algum tsunami político, as perspectivas não sinalizam ameaça aos polarizadores.