Desde os tempos da antiga Grécia, época de Platão, a grande dificuldade estava em encontrar boas lideranças. Hoje, tanto nas pequenas quanto nas grandes empresas ainda existe esse problema. É importante lembrar que o sucesso de uma família, de uma cidade, de um país, de uma grande corporação depende de uma boa liderança.
Centenas de cursos e publicações são realizados sobre o tema, mas a questão continua. Durante um longo tempo acreditou-se que bastava ter conhecimento técnico, razão e um bom propósito para liderar uma equipe. Porém, concluiu-se que não era suficiente.
Algumas empresas seguem insistindo que um profissional de bom caráter, com uma boa formação universitária, que passe por um bom sistema de trainee pode ser um líder. Mas também não é suficiente.
Os melhores sistemas de recrutamento e seleção têm conseguido bons resultados, entretanto, permanece a falta de liderança nas empresas. E sem boas lideranças não há equipe e bons resultados.
Como professor e consultor, tenho me dedicado à formação de lideranças e de equipes. A conclusão é que as empresas ainda dão mais importância a processos e produtos do que às pessoas e, nos últimos anos, a tecnologia passou a ser o “filho predileto” das organizações.
A leitura que faço é que está havendo um retrocesso no tocante à liderança: passou a ser um tema secundário. Um grande erro. A teoria mais recente é a da contingência, “a liderança depende da situação” – mas é bem subjetiva.
A certeza que temos: a empresa que der mais valor à formação de liderança terá mais possibilidade de competir no seu setor, mas não é todos que tem potencial para ser lideres. Essa é a velha e grande aposta.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br
