Difícil porque não depende apenas de uma pessoa, mas de muitas, pois é resultado de múltiplos cenários.
Após a definição da visão estratégica, surge o segundo desafio, o da implementação, colocá-la em ação, o que exige um novo desenho organizacional, em um mundo de grandes incertezas.
Por que depende de várias pessoas? Porque cada um é capaz de perceber apenas parte da paisagem. A percepção tem limite e torna-se mais desafiadora, por mudar sempre. É como olhar para o céu: as nuvens tomam formato diferente a todo momento – assim também são os mercados.
As boas lideranças têm o talento de entender a importância de visualizar seus limites e a necessidade de ouvir, debater e reconhecer o valor de contribuições complementares e as que possam até mesmo substituir suas próprias ideias. Os líderes com essa característica sabem conviver com quem pensa diferente e valorizam essas pessoas por possuírem visões que se integram ao contexto, complementando-o.
As empresas de sucesso são administradas por lideranças cujas equipes interpretam mercados em tempo real e adéquam as estruturas da organização sempre que for preciso. Mas são poucas as que têm esse formato.
Boa parte age como a maioria dos times de futebol, joga para empatar, evita correr riscos, é conservadora. Permanece nos campeonatos, mas nunca chega a ser campeã.
A visão estratégica depende de bons líderes, de boas equipes e de criatividade. São competências que permitem construir o bom futuro para as empresas.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br
