DECEPÇÃO NO PRIMEIRO E PERSPECTIVAS PARA SEGUNDO TURNO
Dia 2 de outubro de 2022 terminou de forma melancólica para a maior parte da população brasileira.
A garantia transmitida pelas cores verde e amarela para todo o país foi desmentida pelas urnas eletrônicas. O processo virtual negou a realidade.
Algumas discrepâncias saltam aos olhos.
No Distrito Federal, as duas candidatas ao Senado Federal apoiadas pelo Presidente da República, Damares Alves e Flávia Arruda obtiveram juntas 1,2 milhão de votos, enquanto Bolsonaro obteve 900 mil votos.
Não faz sentido 300 mil eleitores de Flávia Arruda e de Damares Alves votarem em Lula.
No Rio Grande do Norte, o candidato ao Senado Rogério Marinho, apoiado por Bolsonaro, foi eleito com 700 mil votos, enquanto Bolsonaro obteve 600 mil votos. Eleitor de Rogério Marinho não vota em Lula.
Em Minas Gerais, Romeu Zema foi eleito com 6 milhões de votos e Bolsonaro obteve 5 milhões de votos. Eleitor de Romeu Zema não vota em Lula.
Esses e diversos outros resultados trazem questionamentos que preocupam o cidadão.
Contudo, sendo o segundo turno inevitável, apesar de todos os contratempos identificados, algumas características podem ser observadas:
– A diferença entre Lula e Bolsonaro, apresentada pelas urnas eletrônicas, alcança 6 milhões de votos.
– Os votos destinados aos outros candidatos à Presidência da República somaram 10 milhões.
– Brancos e nulos alcançaram 5,5 milhões de votos.
– Abstenções chegaram à 32 milhões de votos.
Portanto, há um total de 47,5 milhões de votos disponíveis a serem disputados no segundo turno.
Ainda assim, as pesquisas de intenção de votos, fartamente utilizadas no primeiro turno pelos partidos políticos, mantiveram, convenientemente, a tradição de errar de tal forma que perderam de vez a credibilidade e deveriam ser rigorosamente regulamentadas pela legislação eleitoral.
Para terminar, toda essa conjuntura de inconsistências e de possibilidades passam pela percepção do mais importante ator de todo esse processo: a Nova Ordem Mundial.