Se ele é daqueles que sempre para o carro no mesmo lugar, segue religiosamente uma rotina, fica mais atrás de uma mesa do que andando pela empresa, dirige as pessoas de modo formal, veste sempre o mesmo modelo de roupa, tem poucos amigos, vive mais do passado que do presente, não considera o que ouve… o modelo mental é de um sedentário organizacional.
Mas se ele é dos que está sempre fazendo tudo diferente, não contrata pessoas semelhantes, continuamente provoca a inovação, gosta de críticas e até as incentiva, vive pouco do passado, não busca confirmação, mas questionamento, e nunca está no mesmo lugar… o modelo mental é de um nômade organizacional.
Em um mundo onde a cada seis meses a indústria automobilística lança um carro novo (quando antes mantinha o mesmo modelo por vários anos), onde o volume de informações dobra a cada dezoito meses, não há mais lugar para pessoas sedentárias organizacionais.
A mudança de sedentário para nômade deve começar na cúpula da organização, no Conselho. A área de Recursos Humanos tem um papel estratégico, porque é responsável pela porta de entrada, atuando no processo, e pela saída do sistema. Porém, não consegue ter um bom desempenho se a cúpula da empresa for sedentária.
Hélio Mendes – Consultor de Estratégia e Gestão, professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, com curso de Negociação pela University of Michigan, Gestão Estratégica pela University of Copenhagen e Fundamentos Estratégicos pela University of Virginia. [email protected] – www.institutolatino.com.br