Por Hélio Mendes
Lançado há poucos meses, o ChatGPT já ocupou espaço em todas as mídias, por ser um marco na vida das pessoas, alguns já o consideram um novo divisor na era da tecnologia, capaz de mudar o nosso estilo de vida e o modelo das nossas organizações.
Com possibilidades diversas, indo da elaboração de um simples texto a mecanismos de guerra, outros o colocam como uma espécie de programador que pode tornar um leigo em especialista, capaz de encerrar profissões e criar novas.
Sua aplicação para todos os setores foi motivo de debates no Fórum Econômico Mundial e as grandes empresas já estão investindo pensando nesse contexto.
Recentemente, participei de uma live na qual se discutiu sua aplicação na área da educação. Um dos participantes observou que o foco não poderá ser mais no trabalho entregue pelo aluno – ele vai ter que mostrar de fato domínio sobre a matéria, porque o material escrito pode ser feito pelo ChatGPT: se o estudante fizer a pergunta certa, terá a tarefa pronta.
Conversando com alguém da área jurídica, algumas sentenças poderão ser produzidas quase por completo utilizando-se esse novo recurso, que permitirá aumentar a produtividade e até eliminar alguns cargos.
Na produção de matérias para as mídias haverá também essa facilidade, porque o aplicativo faz a pesquisa e o texto da matéria. Nas empresas: na pesquisa de mercado; na área de recursos humanos; na criação de processos, seja na área da administração, seja na de produção. A evolução no campo da tecnologia nos parece infinita, está em tudo, robótica, carros sem motoristas, drones. Empresas e cidades inteligentes são uma realidade. E agora, mais essa.
Qual cuidado temos que ter? Na mudança do estilo de vida e dos nossos valores, na criação de ambientes humanizados. Não podemos voltar à época da escola clássica de Taylor. Aconselhamos rever sempre, sempre, o filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin.
É bom olhar ao redor, em casa, nas ruas… as pessoas andam olhando mais para o celular do que para o seu semelhante, algo que já está incomodando. Nas empresas, funcionários vão ao sanitário para conversar no WhatsApp. De modo semelhante, isso ocorre no ambiente doméstico e até dentro das igrejas.
ChatGPT não é apenas a bola da vez, mas a ferramenta que veio para ficar e mudar muito mais do que imaginamos. Porém, não podemos esquecer que é uma ferramenta e o mais importante é o ser humano, caso contrário, as novas tecnologias deixam de ser oportunidades para ser ameaças.
