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Mangaratiba e seus desafios.

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Quem não conhece Mangaratiba, mas já leu ou ouviu falar sobre seus resorts e praias paradisíacas, constantemente frequentadas por celebridades, imagina o município um oásis de prosperidade. Ledo engano.

Considerando dois municípios limítrofes, Angra dos Reis e Itaguaí, Mangaratiba forma com eles uma região com cerca de 1.500 Km² de área, população de quase 400 mil habitantes e PIB ao redor de R$ 22 bilhões, constituindo um significativo mercado consumidor.
Em que pese abrigar características que lhe garantem relevante potencial econômico, Mangaratiba se classifica como o primo pobre dessa região.
Mangaratiba se insere nessa região com o mais baixo PIB, a menor população, é aquinhoada com o menor valor de royalties de petróleo e apresenta não somente a mais baixa remuneração média, como também o mais baixo índice de saneamento básico. Sem dúvida, espaço não lhe falta para desenvolvimento.
Por outro lado, no centro dessa região Mangaratiba detém invejável vantagem comparativa. Estende sua orla marítima por mais de 60 Km, possui logística privilegiada pela Rodovia Rio/Santos (BR 101, concedida, em bom estado e com projeto de duplicação), que a deixa a 85 Km da cidade do Rio de Janeiro, a 200 Km da cidade de Ubatuba/SP, a 30 Km do porto de Itaguaí e pela infraestrutura ferroviária privada operada pela empresa MRS, utilizada no transporte de minério para exportação, via porto da Vale.
Esse vantajoso cenário sofre parcial descompensação pela desindustrialização local, levando o município a focar sua economia em serviços, alguns resorts ao longo da orla marítima, além do já mencionado porto da Vale.
O modelo administrativo utilizado constrange resultados e coloca significativo peso da prefeitura na economia, culminando com a administração pública se responsabilizando por 50% do pessoal ocupado. Consequentemente, a geração de empregos sofre restrições e pressiona a gestão municipal.
Superar o baixo desempenho é o desafio de Mangaratiba.
Na vizinhança, Angra dos Reis, além das belezas naturais e do setor de serviços, possui porto privado, estaleiros, energia nuclear, enquanto Itaguaí possui sua econômica força motriz no terminal portuário.

 

PORTO DE ITAGUAÍ

Mangaratiba, por sua vez, apesar do limitado aproveitamento de seus atributos naturais, mas, ao mesmo tempo, com apreciável capacidade logística, tem ao seu alcance ferramentas e peculiaridades que a suportam e a estimulam a superar desafios na construção de um futuro produtivo e turístico que promova crescimento econômico e social.

 

Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP; Consultor em Relações Institucionais.

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