China e Índia disputam, palmo a palmo, o privilégio, ou a desvantagem, de liderar a população no planeta.
Ambos já ultrapassaram 1,4 bilhão de habitantes e continuam suas sagas de crescimento, China com taxa de 0,52% e Índia com 1,26%, parâmetros que, juntos, garantem a conquista da liderança pela Índia. Em terceiro lugar, mais de 1,1 bilhão de habitantes a menos, está os EUA, com 338 milhões, enquanto o Brasil está em sétimo lugar com 218 milhões.
Não é de hoje que uma superpopulação preocupa, colocando em risco empregabilidade, segurança alimentar e qualidade de vida.
Segundo dados do Our World in Data, baseados em registros da ONU, a taxa de crescimento populacional do planeta aumentou de 1700 até 1963, quando alcançou seu ápice de 2,3%, a partir de quando vem continuamente despencando, chegando a 2023 com 0,9%.
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL, 1700 – 2100
Mesmo desacelerado, o crescimento existe e produz consequências imediatamente percebidas: exploração excessiva dos recursos naturais e déficits na habitação, na alimentação e no ensino,para citar os mais alarmantes.
Para complicar, surge a inteligência artificial que impulsiona a produtividade e, de forma acelerada, vem desnecessarizando mão-de-obra.
O artigo do Our World in Data mostra que, anualmente, a população mundial é adicionada em 76 milhões de habitantes, sem correspondência na geração de emprego. A consequência trágica está em que diferenças entre crescimento da população e geração de emprego, alimentam desequilíbrio social. No caso brasileiro, o impacto tem sido devastador.
EVOLUÇÃO TAXA DE DESEMPREGO 1991 A 2021
Enquanto, nos últimos 30 anos a taxa de desemprego na China dobrou e no mundo aumentou em 50%, no Brasil quase triplicou.
O gigantesco desafio, especialmente do Brasil, será equilibrar a equação com tendências tão distintas entre oferta e demanda.