ARTIGO
AS EMPRESAS, PARA TEREM LONGA VIDA, TEM QUE SE REINVENTAR
As pessoas estão vivendo mais e as empresas, vivendo menos. Vários estudos comprovam esse fato, que nos parece um paradoxo, já que são as pessoas que administram as empresas. Mas é possível entender: é difícil fazer grandes mudanças, mas é impossível aumentar o tempo de vida das organizações.
A ciência vem contribuindo com quem deseja e têm consciência de que pode viver mais. Algo que exige na maioria das vezes adotar um novo estilo de vida, buscar uma alimentação mais saudável, fazer exercícios e exames médicos. Pontuando, na primeira metade do século passado a esperança de vida do brasileiro era de 34,5 anos; hoje é de 75,5 anos de idade, e tem aumentado no mundo a quantidade de gente que passa dos 100 anos com boa qualidade de vida.
Ao mesmo tempo, a média de vida das empresas tem se reduzido ano a ano: de 67 anos em 1920, para 15 anos em 2011. Conforme estudo feito pela Universidade de Yale, em 10 anos, 40% das grandes empresas da Fortune não mais sobreviveriam.
Na cadeia produtiva do boi, a mortalidade de empresas em três setores – frigorífico, couro e calçados – foi grande nas duas últimas décadas do século passado, mas diminuiu em razão de três fatores: profissionalizaram-se, concentraram-se e passaram atender ao mercado externo. Antes, a visão era doméstica e pouco profissional. Cabe ainda ao setor da pecuária se reinventar.
As organizações que sobreviveram foram as que perceberam e levaram a sério os sinais enviados pelo mercado, não tendo medo de repensar seu negócio.
As dificuldades de muitas empresas e de alguns setores são semelhantes ao que acontecia na cadeia do boi. Terão que se reinventar para continuar na atividade.
O principal desafio é sair da zona de conforto, o que exige coragem e uma equipe que consegue se adaptar em qualquer cenário. E não basta mais ser bom – tem que ser ótimo.