Novos recursos dermatológicos permitem a reprodução quase perfeita da beleza simétrica, ditada por cálculos matemáticos criados na Grécia antiga
A atriz americana Amber Heard, 31 anos, teve seu rosto eleito como o esteticamente mais bem-acabado do mundo, segundo um estudo do Centro de Cirurgia Plástica Avançada e Cosmética Facial, de Londres. Desbancou nomes como Scarlett Johansson e Kate Moss. Não foi escolha do showbiz, de ribalta passageira. O critério que pôs a face de Amber nas alturas foi científico.
Com base em inúmeras fotos, como a que ilustra esta reportagem, o cirurgião plástico Julian De Silva, coordenador do estudo, fez diversas medidas na face da atriz, como entre os olhos, a boca e o nariz da moça. O mapeamento, realizado em um programa de computador, foi cotejado com um conceito milenar, o da “proporção áurea”, que os gregos antigos usavam para reproduzir figuras de medidas sempre parecidas, sempre harmoniosas e sempre aplaudidas.
A partir da divisão entre medidas de determinadas áreas da face, quanto mais próximo se chegar ao número da proporção áurea, 1,618, mais belo se é. E Amber é precisamente assim. A beleza simétrica é busca incessante, milenar, ainda que os padrões tenham mudado ao longo dos séculos. Com os novos recursos de reconstrução estética, a procura pela proporção áurea chegou aos consultórios, inclusive no Brasil.