O que você quer ser quando crescer? Como a educação contribui para fomentar essa escolha nas crianças.
No Dia do Trabalho, a constante pergunta aos pequenos, sobre “O que você quer ser quando você crescer?” causa alguma ação direta de reflexão sobre o assunto “trabalho” para as crianças?
Esta pergunta é corriqueira nos círculos que as crianças frequentam, especialmente nos espaços educativos. É importante salientar que os espaços educativos infantis, educação infantil e ensino fundamental anos iniciais, não tem por objetivo formar para o mundo do trabalho, mas propiciar aos pequenos a experiência com a cultura e com as profissões. Assim a pergunta “o que você será quando crescer?” deve ter um caráter lúdico, pois a criança a responde a partir do que conhece das profissões do seu círculo social.
Para o professor de pedagogia da Estácio Brasília e doutor em educação, Fabricio Abreu, “A educação deve proporcionar experiências com as mais diversas profissões e não apenas com aquelas tidas como de prestígio.”
Com um ambiente estruturado no qual as crianças podem aprender a interagir, compartilhar, colaborar e se relacionar com seus colegas e professores. Ela promove o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais essenciais, como empatia, cooperação, autocontrole e resolução de conflitos.
As respostas das crianças quando os adultos lhes perguntam o que elas querem ser quando crescer, são as mais diversas. A maioria, tanto menino quanto menina, geralmente cita profissões como astronauta, jogador de futebol, bombeiro, médico, veterinário, entre outras. Mas, tem aqueles que querem ser artistas, ainda mais nessa onda de novas profissões da internet.
A resposta tem caráter lúdico e diz respeito ao repertório cultural que a criança teve acesso. É comum inclusive que as crianças encenem profissões, como médicos, professores. Podemos afirmar que essas respostas reverberam na escolha profissional de quando a criança torna-se adulta? Não necessariamente, pois a criança ao responder está sendo guiada por uma ação lúdica, uma brincadeira. Não é agenda nessa fase do desenvolvimento a escolha profissional ou a indução pelo adulto para essa escolha, é o que explica o professor, doutor em educação e também mestre em psicologia Fabrício Abreu.