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Inteligência Artificial (IA): Acessível, mas não necessariamente para todos
A Inteligência Artificial (IA) se popularizou amplamente, permeando diversas áreas de atuação. Embora pareça democratizar o acesso à informação e à capacidade de tomada de decisões, a realidade mostra que a IA beneficia de forma desigual os usuários. Isso se deve a vários fatores, dos quais destacamos os seguintes:
Para formular uma boa pergunta à IA, é necessário ter conhecimento prévio do assunto, o que implica que o usuário saiba exatamente o que deseja obter.
As respostas fornecidas pela IA, embora úteis, requerem ajustes e compreensão aprofundada para serem aplicadas eficazmente.
A capacidade de interpretar e implementar as respostas da IA depende significativamente da competência do usuário em sua área de especialização.
A IA tem, sem dúvida, transformado nossas vidas, porém, a disparidade entre aqueles que possuem conhecimento e experiência e aqueles que não possuem tende a aumentar. Esta ferramenta amplifica as habilidades dos profissionais já competentes, exacerbando a distância entre bons e ótimos profissionais. A inteligência vai dar boas informações a quem a utiliza, mas vai potencializar muito os que são bons nas suas áreas de trabalho, e a distância entre os bons profissionais e os ótimos vai aumentar mais ainda.
Além disso, possuir acesso a ferramentas avançadas como a IA não garante sucesso imediato. É como ganhar um carro de Fórmula 1: não basta possuí-lo, é necessário ser um piloto habilidoso para não “capotar”. Da mesma forma, aqueles que não apreciam a leitura aprofundada e a pesquisa contínua se acomodam e acabam se tornando meros pseudos-especialistas em suas áreas. Mas esta é a história do mundo: sempre haverá uma distância entre os que dedicam e os que fazem de conta.