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FALTA PLANEJAMENTO NAS CIDADES BRASILEIRAS

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  ARTIGO  

Falta planejamento nas cidades brasileiras

 

O planejamento urbano nas cidades brasileiras ainda enfrenta desafios significativos. A maioria das cidades cresce sem um planejamento adequado, por diversos motivos que precisam ser considerados seriamente pelos candidatos nas eleições, tanto na formulação de seus planos de governo quanto na execução após a eleição.

Um dos principais fatores é o êxodo rural acelerado. Enquanto na Europa esse processo se estendeu por dois séculos, no Brasil ocorreu em apenas meio século. Isso resultou em gestores e vereadores muitas vezes sem o conhecimento necessário para o planejamento urbano, além de cidadãos ainda não totalmente adaptados à cultura urbana. A educação sobre urbanismo é quase inexistente, e isso é algo que precisa ser melhorado.

A ausência de planejamento adequado resulta em crescimento urbano desordenado, com grandes vazios urbanos e altos custos de manutenção, afetando principalmente a população mais pobre. Essa população gasta uma grande parte do seu tempo em transportes coletivos, distantes dos serviços essenciais.

Quando as cidades crescem de forma desordenada, há necessidade de um contingente policial maior do que o ideal, o que também se aplica a outros serviços públicos, aumentando os custos e reduzindo a eficácia.

O meio ambiente frequentemente sofre por conta de loteamentos que não seguem um plano maior, considerando apenas uma região específica. Os loteamentos deveriam ser planejados para evitar a especulação e preservar o ambiente. Os planos diretores e a lei de uso e ocupação do solo, são manipulados para atender interesses de grupos, comprometendo o futuro da cidade.

A falta de planejamento resulta em concentração desnecessária de construções, levando à necessidade de viadutos caros e ineficientes, que prejudicam a mobilidade urbana e a qualidade de vida dos moradores locais.

Um bom planejamento urbano deveria segmentar a cidade por áreas de uso específico. A falta de tal planejamento resulta na construção de edifícios em locais inadequados, a liberação de comércios de grande porte em áreas residenciais e a instalação de empresas poluidoras até mesmo em zonas rurais.

O sistema viário frequentemente se mostra inadequado para acomodar o volume crescente da frota de veículos, resultando em um aumento no número de acidentes e nos custos de manutenção das vias. Além disso, a instalação de radares, embora necessária, tende a penalizar desproporcionalmente a população de menor renda. Outro problema crescente é o ruído excessivo de carros e motos, uma questão que ainda carece de fiscalização efetiva.

Portanto, uma cidade sem um bom planejamento não oferece qualidade de vida adequada. Isso depende de gestores e vereadores bem-preparados e conscientes, algo que, infelizmente, ainda é raro na maioria das cidades brasileiras.

POR: HÉLIO MENDES | REVISTA DIÁRIA

 

HÉLIO MENDES

Hélio Mendes é autor de “Planejamento Estratégico Reverso” e “Marketing Político Ético”. Ele atua como consultor de empresas e já foi secretário de planejamento e meio ambiente na cidade de Uberlândia/MG. Além disso, é palestrante em cursos de pós-graduação e na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, além de membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicada, em Brasília.

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