O furto de energia no Brasil alcança dimensão surreal. Ultrapassa a produção da Usina Belo Monte, Pará, a segunda maior produtora de energia do país, representa cerca de 60% da energia elétrica fornecida por Itaipu e causa impacto financeiro ao redor de R$ 10 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica – ABRADEE.
Nesse caos da ilegalidade, o estado do Rio de Janeiro é o mais eficiente. O estado fluminense tem 11,27 TWh (Terawatts por hora) desviados (“gatos”) e sua “vantagem comparativa”, que lhe garante a liderança, está localizada na impossibilidade de acesso dos técnicos a comunidades controladas pelo tráfico e pelas milícias, transformando o setor distribuidor de energia elétrica em vítima da ausência de segurança pública e da impunidade reinante.
Como consequência, mesmo sendo crime previsto no Código Penal, com pena de 1 a 4 anos de reclusão, a prática criminosa vem crescendo, tendo aumentado 20% em 2023, com relação a 2022.
Outra danosa consequência, o custo da insegurança pública é assumido pelos consumidores que pagam pela energia.
Para solucionar o problema, a proposta do Ministério de Minas e Energia sugere o estabelecimento de tarifa fixa para as áreas de difícil acesso, quando a solução é clara e simples: aplicar a legislação.
PUBLICADO POR: REVISTA DIÁRIA
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