ARTIGO
Gestores em Xeque-Mate: A Ineficácia dos Modelos Tradicionais de Gestão
O mercado tem emitido sinais claros aos gestores há algum tempo, alertando-os sobre a obsolescência dos modelos de gestão centralizadores e hierárquicos. No entanto, muitos ainda persistem em se apegar a estruturas antiquadas, similares a pirâmides, que datam de mais de um século. Embora mudar paradigmas consolidados seja tão desafiador quanto aprender a escrever com a mão não dominante, a realidade é que a longevidade em uma posição não é sinônimo de eficácia ou sabedoria.
É preocupante observar que a maioria dos gestores ainda prefere manter suas salas com portas fechadas, perpetuando discrepâncias salariais que se tornaram insustentáveis e fomentando um clima de desconfiança. Isso ocorre em uma era em que o trabalho remoto se estabeleceu como um padrão viável e a inclusão se tornou uma prática esperada nas organizações. Além disso, muitos ainda abordam o lobby como uma ferramenta de captação, ao invés de adaptação.
A citação de Charles Darwin nunca foi tão pertinente: “Não é a espécie mais forte ou mais inteligente que sobrevive, mas aquela que melhor se adapta às mudanças.” No entanto, os maiores obstáculos à mudança muitas vezes são aqueles gestores que se mostram arrogantes, acreditando que tudo depende exclusivamente deles e subestimando a contribuição de seus colegas. O desafio é que cada organização deve desenvolver seu próprio modelo de gestão, um processo artesanal que integra as tecnologias mais avançadas disponíveis.
O trabalho em equipe é crucial, mas equipes eficazes não existem sem boas lideranças. A falha em reconhecer essa dinâmica pode levar a um verdadeiro xeque-mate organizacional, onde a inércia e a resistência à inovação prenunciam o declínio inevitável. É imperativo que os gestores reflitam sobre essas realidades e se adaptem, para que possam liderar com eficácia em um mundo em constante transformação.