A guerra de narrativas e a inteligência artificial
A guerra de narrativas e inteligência artificial passaram a ser utilizadas na formação de estratégias, tanto pelas empresas como, principalmente, pela classe política – mas, nem sempre de forma ética.
A criação de narrativas falsas ou verdadeiras não é algo novo, porém, tomou ampla dimensão depois das redes sociais. Assim, a criatividade e a falta de caráter ou ignorância de muitos têm transformado as redes numa arma para destruir pessoas, famílias e governos. Isso torna necessário criar narrativas inteligentes para fazer uma contraposição e evitar um mal maior, empregando a IA para o bem.
A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa quando utilizada por profissionais, porque tem acesso ao acervo de informação mundial, que permite criar narrativas inteligentes e contribuir na criação de campanhas de alto impacto e de baixo custo. Um exemplo recente, o da campanha presidencial na Argentina, em que foi resgatada e citada no momento certo a Guerra das Malvinas.
No caso empresarial, a publicação de um único anúncio, por exemplo, tem gerado efeitos contrários ao desejado. Foi o caso de uma cerveja, de uma rede de lojas e, mais recentemente, de um chocolate e de vários cantores, causando sérias perdas.
Na área política, é a mais triste, acontece diariamente com narrativas bem-feitas, mas a maioria são falsas ou matérias antigas, recortes, acarretando grande mal a governos e pessoas no mundo todo.
Esse contexto exige hoje mais cuidados do que antes. É fundamental ter equipes multidisciplinares para analisá-lo e estabelecer estratégias, a fim de atuar neste novo momento. Quando não há pessoas preparadas para se posicionar, o estrago é maior, mesmo se houver boas intenções.
Hélio Mendes – Autor de Planejamento Estratégico Reverso e Marketing Político Ético, consultor de empresas, foi secretário na área de Planejamento e Meio Ambiente da cidade de Uberlândia/MG. Palestrante em cursos de pós-graduação e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG. Membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicadas, de Brasília.
SUGESTÃO DE LEITURA: ADMINISTRAÇÃO DE UMA PREFEITURA