- PUBLICIDADE -

PINGA FOGO

- PUBLICIDADE -

Política&Negócios com Luiz Bittencourt 

 

 

 

Proposta de privatização da Eletrobrás teve sua análise adiada na comissão especial da Câmara dos Deputados porque o Deputado Nelson Marquezelli (PTB/SP) decidiu aguardar o término da janela de troca de partidos. Tema relevante para reduzir o tamanho do Estado fica a mercê de acertos e acordos eleitoreiros. Manutenção do poder e sobrevivência dos partidos políticos têm sua importância relativa no ambiente partidário, mas não deveriam suplantar políticas de interesse nacional.

NEGADO HABEAS CORPUS PREVENTIVO PARA EX-PRESIDENTE LULA.

Por unanimidade, cinco votos a zero, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça negou ontem habeas corpus preventivo, cujo objetivo era evitar a prisão do ex-presidente por ter sido condenado, no TRF-4, a 12 anos e 1 mês, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso envolvendo o tríplex do Guarujá. Com a decisão, os ministros do STJ entendem que não há ilegalidade na prisão de Lula, após condenação em segunda instância. Novela “A lei é para todos” se aproxima do capítulo final.

SEM MODELO 4.0, MAIORIA DOS SETORES INDUSTRIAIS BRASILEIROS PERDE COMPETITIVIDADE

Quase 60% dos setores analisados e divulgados pela Confederação Nacional da Indústria – CNI encontram-se defasados em tecnologia digital e, por isso, estão sem competitividade no mercado internacional. Entre eles estão couro, calçados, vestuário, têxteis, móveis, impressão e reprodução, máquinas e aparelhos elétricos. Adesão ao modelo 4.0 confere eficiência e ganho de produtividade, que está bastante inferior à média internacional. No modelo 4.0 há maior integração tecnológica com fusão entre o físico e o virtual, acelerando as transformações e favorecendo a ampliação de possibilidades, de novos negócios e de solução de problemas.

Para viabilizar a evolução, políticas públicas, com soluções customizadas como sugere a CNI, devem ser desenvolvidas e implementadas para apoiar a restauração do poder de concorrência de diversos setores industriais brasileiros. Desde que o apoio seja sem paternalismo e com contrapartidas.

OPERAÇÃO CARNE FRACA COMPROMETE ACORDO MERCOSUL E UNIÃO EUROPÉIA.

A atual tentativa de concluir um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Européia, que se arrasta desde 1999, sofreu relevante desgaste com as etapas da Operação Carne Fraca que desnuda fraudes e ilicitudes nas fiscalizações e nas garantias sanitárias das carnes brasileiras destinadas a exportação. Essas revelações alimentam as resistências do setor agrícola europeu que questiona nossos padrões de qualidade quando comparados aos exigidos para os produtores da região do bloco econômico. Lá, como nos EUA, há tonificação do protecionismo com o objetivo de alavancar a economia e gerar empregos na região. Com quase vinte anos de conversas, as exigências do agronegócio europeu, estimuladas pelas falcatruas nacionais, continuarão a emperrar as negociações do acordo.

QUEDA DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL NÃO AFETA OTIMISMO

Pesquisa divulgada pelo IBGE nesta terça-feira (06/03) revela que a produção industrial brasileira caiu 2,4% em janeiro de 2018, em relação a dezembro de 2017. A indústria automobilística protagonizou a queda, seguida dos setores metalúrgico e de borracha e plástico. Recuo esperado pelo fim das encomendas após o fim de ano, mas há otimismo no ar, com previsão de elevação na contratação em 2018.

A AGENDA PROTECIONISTA DE TRUMP

As medidas comerciais restritivas anunciadas pelo Presidente Trump fizeram parte de seu programa de governo e, também por elas, Donald Trump foi eleito Presidente. Portanto, não há motivos para surpresas, a não ser pelo fato de ser um político que cumpre promessas e não pratica estelionato eleitoral. Se não concordamos com a decisão, por condenável ao representar visão míope ou retrógrada, é outra história. De qualquer forma, fica a impressão de que o Presidente norte-americano usa seu programa para “colocar o bode na sala” e obter negociações que tragam vantagens para os EUA, o que também faz parte do jogo. Possíveis retaliações são esperadas e devem ter sido devidamente avaliadas, mesmo porque George W. Bush tentou, há dezesseis anos, movimento semelhante. Após dois anos de taxação voltou atrás, condenado pela Organização Mundial do Comércio – OMC. No Brasil, a Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim, por exemplo, apoia a decisão do Presidente Trump e defende a adoção pelo governo brasileiro de medidas semelhantes.

Mesmo considerando que Trump não tem grande apreço por organizações internacionais, e que organismos multilaterais como OMC estão se depreciando, há limites para sua possível desobediência. Uma guerra comercial com uma escalada protecionista pode ocorrer, mas certamente um novo patamar de equilíbrio se desenvolverá no mercado.

- PUBLICIDADE -

Últimas notícias

Notícias Relacionadas