HÉLIO MENDES
MUDOU E VAI MUDAR MAIS – E NÃO HÁ RETROCESSO
Mudou e vai mudar mais – e não há retrocesso. Mas “mudar ou morrer” já era um apelo das corporações no final do século passado. Então não é novidade. Qual a diferença de usá-lo agora? A internet no começo era vista apenas como uma ferramenta para se comunicar, interagir. Entretanto, ampliou-se de tal forma, que virou um segundo mundo. Continuamos a ter o nosso velho e bom mundo físico, mas passamos a ter um segundo, o mundo virtual.
A relação das atividades no mundo físico pode ser modificada em tempo real. Um exemplo recente foi eleição do novo presidente, Jair Bolsonaro. Foi a relação de uma conjuntura favorável e o uso das redes, sim, mas para avaliar o que aconteceu, na sua totalidade, ainda não temos competência plena.
Bolsonaro até 2014 possuía 204 mil seguidores; em 2017 passaram a ser 19 milhões. E com a utilização das redes e um contexto favorável, uma atuação inteligente, venceu estruturas consolidadas. Conjuntura positiva é relativamente fácil, o difícil é identificar e criar seguidores ou consumidores. Na maioria das eleições há uma situação favorável para um candidato ou um partido. É uma verdade.
Para criar seguidores é necessário ter conteúdo, socializar os atributos pessoais ou de um produto com um ou mais segmentos, é preciso ter identidade com pessoas que vivem no mundo virtual – e hoje são milhões. É preciso, também, estar de fato conectado e ter agilidade para atender a grupos ávidos por consumir. Há hoje uma dependência grande do mundo físico em relação ao virtual.
Este novo formato, criado pela fusão desses dois verdadeiros universos, não tem restrição para quem queira participar. É um mundo que não tem porta e nem limite. As gerações Y e Z já nasceram conectadas, mas a X, que são as pessoas de antes da internet, encontra obstáculos para entrar.
Para que a geração X participe, é necessário querer e se dedicar. Quem não conseguir, pode utilizar quem “está dentro”, essa é outra opção para conviver e atuar no plano pessoal e no empresarial a partir de agora, nesses dois contextos. É o grande desafio.
Hélio Mendes. Professor e consultor de Planejamento Estratégico e Gestão nas áreas privada e pública. www.institutolatino.com.br
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