POLÍTICA
ARTIGO com Luiz Bittencourt
MAIS UMA VEZ, A DECISÃO ESTÁ COM O ELEITOR BARRENSE
Articulações para as eleições municipais de Barra do Pirai se aceleram, com atividades mais específicas dos pré-candidatos e o eleitor precisa ficar atento para selecionar o melhor candidato, de acordo com suas expectativas.
Alguns modelos facilitam o processo de escolha dos candidatos, como por exemplo fazer análise retrospectiva e comparações que permitam mais acurada avaliação. Um exercício simples que proporciona qualificados resultados coletivos.
Se olharmos para os últimos trinta e cinco anos do Brasil, por exemplo, veremos o governo José Sarney com hiperinflação e corrupção com sobrepeso, mas engatinhando.
Collor de Melo não conseguiu enfrentar a hiperinflação, editou pela segunda vez a abertura dos portos às nações amigas, porém se deslumbrou, levando a corrupção a dar passos maiores do que as pernas. Acabou em impeachment.
Itamar Franco tentou enfrentar a corrupção, foi impotente, mas deixou como maior legado o controle da inflação pelo Plano Real.
FHC se apresentou com pseudo liberalismo e executou um arremedo de privatizações.
Chegamos, então, a fase mais negra da administração pública brasileira desse século, com o PT (Lula e Dilma) assumindo o poder, sistematizando a corrupção, aparelhando as instituições, garantindo impunidade e destruindo empresas estatais e fundos de pensão. Culminou com o impeachment do PT.
Assumiu Michel Temer, com tímido simulacro de reformas, porém sem credibilidade, tornou-se inexpressivo.
Diante de tanto descalabro, (desindustrialização, inflação e juros crescentes, instituições falidas, impunidade reinando), o eleitor brasileiro acordou, avaliou o quadro e decidiu alterar por completo o futuro que se desenhava negativo, tornando-o positivo pela escolha consciente de candidato que não compactuava com a decadência.
O eleitor exerceu seu direito de decidir sobre o futuro do país e o cenário começa a se tornar virtuoso.
Olhemos, então, para os últimos trinta e cinco, ou vinte ou dez anos (não importa a extensão) de Barra do Pirai e veremos, com clareza, desindustrialização como roteiro básico, perda da vantagem ferroviária, abandono do agronegócio, infraestrutura debilitada, saúde caótica e nenhuma política pública de recuperação da economia e, consequentemente, do número e do nível dos empregos.
Se olharmos para frente, não há qualquer futuro no radar.
O eleitor barrense deve estabelecer suas expectativas e definir o futuro que almeja para o município.
Se preferir manter a decadência vigente, terá à sua disposição diversos pré-candidatos “altamente capacitados” para entregar esse objetivo.
Se, por outro lado, acordar e selecionar horizonte que abrace recuperação econômica, ampliação do emprego e evolução na qualidade de vida, o processo se torna mais elaborado e passa a exigir avaliações mais profundas.
A história se repete e está nas mãos do eleitor a possibilidade de Barra do Pirai construir o amanhã.
Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP.