EMPRESAS
ARTIGO com Helio Mendes
Necessitamos de setores criativos
Um desafio para empresas e até para setores nacionais é tornarem-se mais criativos, mais inovadores. Por quê?
Somos um país exportador de commodities, de produtos de baixo valor agregado, e importador de produtos industrializados e de serviços. O que importamos exige mudanças constantes, possui ciclos de vida menores e tecnologias que ficam obsoletas em curto espaço de tempo.
Quem produz commodities tem um modelo diferente, o qual muda pouco, comparado a serviços e produtos manufaturados. Utiliza mais o lado esquerdo do cérebro, responsável por pensamento lógico, ações repetitivas, com foco maior no curto prazo, o que explica não dar muito valor à inovação e ao planejamento de longo prazo.
Não se tem uma visão e habilidade quântica, quando se utiliza pouco o lado direito do cérebro.
Empresas com essa característica praticam o planejamento de curto prazo. Nelas, predominam também as ações imediatistas – e normalmente são as urgentes.
Quando se tem pouca visão de longo prazo, o número de urgências aumenta e tais organizações são surpreendidas por acontecimentos que poderiam ser previstos.
Isso não acontece por falta de inteligência, mas em razão de que demandas imediatas e setores que exigem poucas mudanças levam à adoção de modelos repetitivos – o que torna importante provocar a utilização do lado direito do cérebro, responsável pela emoção, por tornar as pessoas vivas e, consequentemente, mais criativas e competitivas.
Isso tem feito com que muitas empresas criem ambientes que incentivam a criação de novos paradigmas.
Hélio Mendes é Professor e consultor de Planejamento Estratégico e Gestão Quântica nas áreas privada e pública. www.institutolatino.com.br