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O ESGOTO DA NAÇÃO: A Escória Silenciosa da Fraude no INSS

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Pérsio Isaac

O Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS, nasceu para ser o escudo do trabalhador brasileiro, a promessa de um respiro na doença, um amparo na velhice, um suporte na fragilidade. Mas a verdade nua e crua é que ele se transformou num esgoto a céu aberto, fétido e contaminado pela escória da fraude.

Não romantizemos a questão: não são apenas “espertinhos”. São quadrilhas organizadas, máfias incrustadas na burocracia, médicos canalhas vendendo laudos como quem vende fiambre, sindicatos e associações chafurdando na lama de propinas, bancos sorrateiros abocanhando migalhas gordas com empréstimos fraudulentos.

Os 200 bilhões de reais estimados não são um número abstrato. É o dinheiro da saúde que falta, da educação precária, da segurança inexistente. É o suor escorrido de milhões de trabalhadores honestos sendo drenado para os bolsos de parasitas sociais, de criminosos engravatados que brindam a impunidade em seus condomínios de luxo.

E o governo? Ah, o governo… Em vez de escancarar as portas desse inferno e expurgar a corrupção, manobra nos bastidores, costura alianças espúrias para barrar investigações sérias. A CPI vira moeda de troca, escudo para proteger os seus. Que democracia fajuta é essa onde a podridão se esconde sob o manto da governabilidade?

A ponta do iceberg que vemos nos jornais – as prisões midiáticas, os flagras de “inválidos” correndo maratonas – é só a cortina de fumaça para encobrir a profundidade da infecção. A cultura do “jeitinho” aqui virou metástase, um câncer que corrói a ética e a moral. A falta de fiscalização é criminosa, a concessão de benefícios, uma piada de mau gosto. E enquanto isso, o trabalhador de verdade, aquele que rala e contribui, vê seu futuro esvair-se, seus direitos serem pisoteados pela ganância alheia.

Cada real desviado da Previdência não é só um número numa planilha. É o remédio que falta para o avô doente, a cadeira de rodas negada ao paraplégico, a aposentadoria digna que nunca chega. É a esperança de milhões sendo esmagada pela máquina da corrupção.

A fraude no INSS não é um problema isolado, é um sintoma da falência moral que assola o país, onde a lei é para os fracos e a impunidade, o passaporte para a riqueza ilícita. Não adianta mais panos quentes, operações cosméticas. É preciso uma intervenção cirúrgica radical, extirpar o tumor maligno da fraude com bisturi afiado e sem anestesia.

Revisão de processos? Urgente. Investimento em tecnologia? Essencial. Mas acima de tudo, é preciso vontade política real, um choque de decência que varra essa escória para o lixo da história.

A nação não pode mais se contentar em tapar o nariz diante desse fedor. O esgoto da fraude no INSS está contaminando o presente e hipotecando o futuro. Ou reagimos com a contundência da indignação e a força da lei, ou afogaremos todos juntos nessa lama imunda. O silêncio, nesse caso, não é ouro. É pus.

 

Pérsio Isaac
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