O maior obstáculo para a inovação é a rotina. E mais: compromete a saúde das pessoas e reduz o tempo de vida das empresas. Valioso é refletir sobre tudo que leva a criá-la.
Na vida pessoal a rotina nos conduz à perda da memória e do prazer, se fizermos sempre do mesmo jeito, deixando tudo no automático: deitar e se levantar, escovar os dentes, sentar-se na mesma cadeira na hora das refeições ou para assistir à TV, ouvir as mesmas músicas e conversar sempre com as mesmas pessoas. É importante mudar tudo e, se for possível, a toda hora.
No trabalho, quem atua no operacional deve ficar atento, pois nos últimos anos as empresas, de uma forma geral, têm buscado a padronização, ou seja, os tais processos, as certificações, os aplicativos nos levam a rotinas. Se não tivermos muito cuidado, podemos voltar à era de Charlie Chaplin, do homem econômico da escola clássica.
É essencial repensar sempre o que se faz, caso contrário, não haverá inovação e as perdas serão irreparáveis.
A busca incessante por facilidade, fazer mais com menos, cumprir metas, entregar o prometido, trabalhar no modo a distância, pode nos levar a perdermos a memória, a criatividade o que consideramos essencial: a qualidade de vida e a felicidade.
O futuro das organizações depende das pessoas mais do que de outros elementos, mas a tecnologia passou a ser a locomotiva. Acreditamos ser um equívoco.
As organizações criam rotinas que colocam as pessoas dentro de uma caixa e, ao mesmo tempo, querem que sejam criativas e inovadoras; posicionam a maioria dos colaboradores no operacional e querem que sejam estratégicos – “estão dando um tiro no pé”.
Na sobrevivência das empresas, a média de vida das grandes corporações caiu de 67 para 15 anos, de acordo com estudos da Universidade de Yale. O ciclo de vida das profissões está diminuindo e a expectativa de vida das pessoas aumentando.
Um caminho para mudar esse contexto é sairmos da rotina, eliminando-a como obstáculo para a inovação.