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Planejamento Estratégico de cidades.

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As cidades precisam mais de Planejamentos Estratégicos do que as empresas, em razão da sua importância econômica, social e ambiental para todas as camadas sociais – e a maioria, infelizmente, ainda não tem.

A Constituição de 1988 passou a exigir que municípios com mais de 20 mil habitantes tivessem Plano Diretor, o que já foi um avanço, mas este trata mais do aspecto físico, orienta o sistema de transporte, o viário e a Lei de Uso e Ocupação de Solo, direcionando e ordenando o crescimento das cidades.

Lamentavelmente, a lei mais importante, Uso e Ocupação de Solo, em diversas ocasiões sofre mudanças para atender a interesses de poucos, provocando mescla de usos, e as cidades crescem no físico de modo deformado e desordenado.

O cidadão compra um terreno em um bairro em cuja área só se permitem residências e vê mudarem a lei a fim de permitir comércios de toda natureza. Ou não são permitidos prédios e, quando acorda, tem um prédio sendo construído, fazendo sombra na sua piscina.

O Planejamento Estratégico utilizado nas empresas privadas é diferente e complementa o Plano Diretor. Tendo como foco a gestão, pode e deve ser adotado por governadores e prefeitos, porque é uma ferramenta que possibilita aumentar a eficácia da gestão, formar equipes e cobrar dos gestores em todos os níveis, ao estipular objetivos estruturadores, metas com datas a serem cumpridas e indicadores de resultados.

Isso propicia avaliar o desempenho de cada secretário e chefe de setor, profissionalizando a administração.

E, quando publicado, faz com que as instituições e o cidadão comum possam acompanhar as realizações da máquina pública, qual secretaria está conseguindo cumprir suas metas, que secretário é competente. Confere transparência à gestão.

O Planejamento Estratégico fornece uma visão de longo prazo e metas de médio e curto prazos, permite haver continuidade administrativa, algo que geralmente não acontece. A sua ausência explica a descontinuidade de projetos e as obras paradas, nos estados e nas cidades do Brasil. Uma boa gestão garante a aplicação correta dos recursos e a qualidade de vida das pessoas.

Está passando da hora de a área pública ter eficiência igual ou maior do que o setor privado e, dentre inúmeros motivos para tal, o cidadão está ficando mais exigente e as demandas por serviços são crescentes.


Hélio Mendes

Consultor de empresas, foi secretário na área de planejamento e meio ambiente da cidade de Uberlândia/MG – Professor em cursos de pós-graduação e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG.


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