- PUBLICIDADE -

SEM UM PROJETO DE NAÇÃO, A SOBERANIA CORRE RISCO

- PUBLICIDADE -

 ARTIGO 

 Sem um projeto de Nação, a soberania corre risco 

Uma nação sem projeto corre risco de perder a soberania. As perspectivas de o Brasil transitar de um estado de nação em desenvolvimento para uma nação desenvolvida são, lamentavelmente, reduzidas. Está assertiva fundamenta-se em recente pronunciamento proferido pelo professor e deputado estadual de Santa Catarina, Napoleão Bernardes, que apresentou o seguinte quadro estatístico:

– 85% da população adulta do país não adquiriu um único livro durante o ano de 2023.

– 44% da população admite que não lê basicamente nada.

– 30% nunca efetuaram a aquisição de um livro sequer ao longo de suas vidas.

Estes dados evidenciam a baixa eficiência produtiva no país. Para reverter este cenário, urge a necessidade de reavaliar o modelo nacional, incumbência que não pode ser exclusivamente atribuída ao Estado.

Adicionalmente, tais estatísticas explicam a carência de empresas transnacionais brasileiras, enquanto muitas das empresas nacionais encontram-se incapacitadas de comercializar seus produtos, os quais são absorvidos por empresas estrangeiras ou por tendências de mercado que arrebatam a maior fatia dos lucros com escassa dedicação. Faltam, portanto, competências gerenciais e estratégicas globais ao setor produtivo nacional.

Mas o mais grave é a falta de um Projeto de Nação na área governamental e não é recente. O país já teve no passado planos de governo, mas não um Projeto de Nação. Apenas uma instituição nacional dedicou-se nos últimos anos a construir de forma ampla a elaborar um Projeto de Nação, que é o Instituto Sagres. Este o disponibilizou a várias áreas do governo e instituições privadas, tem mantido este atualizado e aberto a receber contribuições.

Para reverter essa tendência de estagnação como uma nação em desenvolvimento, existem duas alternativas: a submissão do país a nações estrangeiras, conforme observado em alguns contextos no continente africano, ou a união dos brasileiros em torno de um Projeto de Nação nos próximos anos.

O momento é oportuno, as nações do mundo todo passam por momentos turbulentos e tendem a gravar pela nova geopolítica, criada por novos atores no espaço mundial e guerras em vários pontos do mundo. O atual governo e os futuros terão de ter consciência de que não existe nação sem projeto de longo prazo e uma boa estrutura para sustentá-lo, a falta deste a soberania corre risco.

 

Hélio Mendes

Hélio Mendes é autor de “Planejamento Estratégico Reverso” e “Marketing Político Ético”. Ele atua como consultor de empresas e já foi secretário de planejamento e meio ambiente na cidade de Uberlândia/MG. Além disso, é palestrante em cursos de pós-graduação e na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, além de membro do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicada, em Brasília.

 

SUGESTÃO DE LEITURA: A MAIORIA DOS EMPRESÁRIOS VIVE DENTRO DE UMA CAVERNA

A MAIORIA DOS EMPRESÁRIOS VIVE DENTRO DE UMA CAVERNA

- PUBLICIDADE -

Últimas notícias

Notícias Relacionadas