INFRAERO, UMA NOVA JORNADA – PARTE VII
Por Aluizio Torrecillas, com colaboração de alguns empregados da estatal
DO MESMO JEITO QUE CHEGOU, SAIU!
O presidente tinha se desligado da empresa e um interino fora designado até que o titular fosse escolhido. O interino, salvo engano, encontrava-se de férias. Aí, aconteceu algo inusitado, conforme nos relata um empregado da empresa. “Ele chegou com um documento oficial designando-o Presidente da INFRAERO e, dirigindo-se ao andar ocupado pela presidência solicitou às secretárias que “limpassem” a sala – que à partir daquele momento seria dele – para que pudesse entrar. Quando o ex-interino chegou, teve que buscar suas coisas no andar de baixo. Foi uma situação deprimente, horrível“.
E respeito, é o mínimo que os servidores da estatal INFRAERO merecem pelo comprometimento e profissionalismo que aplicam, diuturnamente, nas atividades de segurança operacional dos aeroportos e nas diversas atividades administrativas da empresa.
Merecem, mas parece que não tiveram, quando da saída do atual presidente, que ao chegar à empresa, há 30 meses, percorreu os aeroportos dizendo que estava “auscultando os corações esperançosos dos colaboradores” para melhor entender a empresa. Pelo comportamento apresentado ao longo da gestão e pela atitude ao saber que seria substituído, pode se considerar duas hipóteses: ou o aparelho que usou para auscultar estava quebrado ou é orgulhoso demais para fazer a transição, obrigatória para qualquer servidor que exerça função gratificada.
De concreto apenas uma mensagem em vídeo, feita às pressas, “enumerando realizações e desejando boa sorte no futuro incerto”. Nem de longe parece o executivo que há duas semanas afirmara em entrevista que “a INFRAERO é uma noiva pronta para casar”, omitindo dizer que abandonaria a “noiva”, antes que alguém levantasse a voz para impedir o matrimônio.
Em seu lugar, interinamente, fica o diretor de operações, coringa para todas as horas, inclusive as inglórias, pois ele mesmo não sabe o que a futura gestão lhe reserva. “Ao que parece, entrou e saiu pela portados fundos”, nos diz uma empregada ainda esperanço com o futuro.
Do macro (STF) ao micro (INFRAERO), o país está pagando mico. De Gaulle estava certo: não é um país sério. A esperança pauta-se na nova gestão, no novo governo, no ano de 2019.
Desconsolados, apadrinhados da sede da estatal perambulam pelos corredores traçando planos de como conquistar o futuro presidente, assim como Cleópatra fez com Marco Antonio, após a partida de Julio César.
A arte imita a vida e a História. Alguns choram, enquanto outros vendem lenços. E, como “a unanimidade é burra”, certamente que alguns lamentaram a partida, enquanto os sobreviventes já começam a articular sua vingança, um círculo vicioso que minou o espírito de camaradagem e companheirismo do qual só resta lembrança.
O “noivo” fugiu e agora a “noiva” procura desesperada um novo candidato para continuar a cerimônia, sob a torcida dos servidores que já esperam um pretendente sério e comprometido.
Ao novo presidente, já oficializado, a difícil tarefa de conduzir a empresa alinhada com as diretrizes econômicas. Conhecedor dos aeroportos, poderá discutir e quem sabe convencer, com conhecimento de causa, se o país pode prescindir de uma malha aeroportuária que facilite o desenvolvimento e a interiorização da economia, já que estados e municípios falidos, não terão vontade ou recursos para manter os padrões de segurança operacional.
É certo que o Brigadeiro Paes de Barros sabe que muitas cidades, principalmente na região norte, ficam ilhadas durante o período das fortes chuvas e nessas ocasiões, as portas de entrada e saída são os aeroportos, possibilitando o trânsito de passageiros e a entrada e saída de carga.
Mas não fica apenas nisso, o processo também inclui a chegada de medicamentos, vacinas para a população, retirada de pacientes para tratamento nos grandes centros e o trânsito de valores que movimentam o comércio, mantendo as comunidades.
A indicação do Tenente Brigadeiro do Ar, Paes de Barros foi recebida com euforia pela maioria dos empregados da estatal INFRAERO. Foi aplaudido internamente e simbolicamente pelos empregos, em um ato simbólico. Esperançosos estão que a nova gestão traga esperança e alento aos atormentados corações dos mais de 8 mil colaboradores.
A esperança pauta-se na nova gestão da empresa. No novo governo, no ano de 2019.
Em breve: INFRAERO: UMA NOVA JORNADA – PARTE VIII – Se você perdeu a parte VI clique a seguir: https://revistadiaria.com.br/infraero-uma-nova-jornada-parte-vi/
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Deus no comando de tudo!