GRANDES MOVIMENTAÇÕES NO CENÁRIO POLÍTICO DO DF
A zona de conforto da política brasiliense foi sacudida nessa semana com duas significativas alterações em partidos políticos.
Na primeira delas, a executiva nacional do PTB tomou radical decisão que mostra inovação administrativa do partido: exonerou o Presidente do PTB-DF, nomeado há apenas dois meses. Os motivos são, até agora, especulados e oficialmente desconhecidos, porém o fato é que o deslize cometido, seja ele qual for, foi grave na avaliação da executiva nacional do PTB.
Parece, nesse caso, surgir um interessante modelo de governança partidária (a conferir), incomum para as práticas usuais, porém enquanto o partido não definir sua nova liderança na capital, as conversas com o PTB ficarão em compasso de espera.
Adicionalmente, dois partidos políticos do nível de um PSL e de um DEM anunciaram suas fusões o que exigirá reorganização também das regionais, com remanejamento de líderes e pessoal administrativo.
Chama a atenção algumas diferenças conceituais entre os dois partidos, levando o eleitor a imaginar quais objetivos podem promover a união de agremiações com disparidade de princípios.
Nada leva a crer que essa fusão seja consequência da atração entre extremos.
Aglutinação tão inesperada terá, certamente, uma incógnita como resultado e não haverá surpresa se essa movimentação promover descontentamento e troca partidária de líderes, alguns com expressão nacional, discordantes de perda, ou redução, em seu espaço político.
Ameaça para alguns, oportunidade para outros.
De todo modo, essas guinadas desequilibraram temporariamente o cenário político brasiliense e as conversas para 2022, das quais PTB, PSL e DEM participavam, estão postergadas e ainda correm o risco de serem reinicializadas. Há até quem prefira essa última hipótese.
Um novo concerto de forças políticas emergirá, com desmembramentos ainda imprevisíveis.
[wpforms id=”10384″]