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Como está a internet nas escolas públicas brasileiras?

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TECNOLOGIA

EDUCAÇÃO

Como está a internet nas escolas públicas brasileiras?

Dois pesquisadores acabam de publicar o estudo “Panorama da Internet nas Escolas Brasileiras”. Eles analisaram a cobertura e a velocidade da internet que chega em todas as escolas estaduais e municipais do país.

A pesquisa foi uma das 10 finalistas do “Desafio de Dados 2019”, maior competição de datathon do país, que reuniu trabalhos de estudantes, pesquisadores e especialistas em análise de dados. Foram quase mil projetos inscritos na área de educação.

Quase 50 milhões de crianças e adolescentes de todo país voltaram às aulas nesta segunda-feira (3), com o início do semestre letivo. Mas uma pesquisa revela que esses estudantes encontrarão uma desigualdade muito grande quando o assunto é computador e internet nas salas de aula.

O estudo foi desenvolvido por dois pesquisadores, especialistas em análise de dados, que usaram dados públicos do Censo 2018, e tecnologias de Big Data para chegar ao resultado. O trabalho foi avaliado pela Controladoria Geral da União, pelo Tribunal de Contas da União e está disponível para consulta pública no site www.desafiodedados.com.br

Segundo a pesquisa, apenas 66% das escolas públicas municipais e estaduais do Brasil possuem Internet, comparadas com 92% das escolas particulares.

O DF é o estado que lidera o ranking, com o melhor percentual de Internet nas escolas (96%), seguido por São Paulo (95%) e o Paraná (94%). As seis últimas colocadas são todas da região Norte. O Maranhão é o pior estado, com apenas 25% das escolas com Internet. Veja o ranking completo de quantas escolas estão conectadas por estado e as diferenças entre zonas urbanas/ rurais e escolas estaduais/municipais: https://app.desafiodedados.com.br/desafio/4/projeto/73/avaliacao

VELOCIDADE DA CONEXÃO

A velocidade média em praticamente todos os estados é menor que 100kbps, velocidade recomendada por aluno. Nas escolas estaduais, apenas dois estados têm média de conexão acima dos 100k bps, Sergipe (104,1 kbps) e Piauí (101,9 kbps). No entanto, menos de 20% das escolas desses estados disponibiliza seus dados para medição. O destaque negativo é a Bahia (10,9 kbps).

A falta de conectividade ainda é grande, principalmente para escolas municipais e rurais, que não participam de programas de incentivo do governo federal. Veja o ranking da velocidade de Internet por estado no link acima.

Pesquisadores

O projeto foi desenvolvido pelo analista de projetos Jardiel Nogueira e pelo cientista de dados Lucas Kawazoi. Eles decidiram fazer a pesquisa porque avaliaram que existem dados disponíveis sobre conectividade das escolas públicas, mas estão todos dispersos. Como eles não encontraram nada online que colocasse essas informações juntas, resolveram desenvolver a pesquisa usando tecnologia tableau e python.

É inegável a importância do uso da Internet no nosso dia a dia. Não é diferente com as escolas. Escolas mais conectadas favorecem sistemas de gestão escolares mais eficientes, mais ferramentas digitais disponíveis para o professor e um ambiente mais estimulante para os alunos”, explicou Jardiel. Segundo ele, o objetivo era chamar a atenção da sociedade e dos gestores públicos de como temos muito a melhorar em termos de conectividade escolar e do que cada escola necessita.

Para Gustavo Guimarães, presidente da Qubo Tecnologia, responsável pela organização do Desafio de Dados, a difusão da Internet foi responsável pela popularização do ensino à distância, bem como da democratização da informação no mundo. “Esse estudo apresenta um panorama detalhado da situação do acesso à Internet em cada escola pública brasileira, apontando as sérias limitações que nossos jovens enfrentam em pleno 2019”.

Guimarães explica que o estudo mostra o retrato de nossas desigualdades regionais e o quanto estamos distantes de alcançar a universalização do acesso à Internet. “O estudo deveria servir de guia para ações concretas e velozes no sentido de reduzir uma defasagem que prejudica não apenas a formação, mas também a empregabilidade das próximas gerações”.

Sobre o Desafio de Dados

A maratona de dados da Educação bateu recorde de inscrições. Foi o maior número de participantes já registrado numa competição de maratona de dados no mundo (760 equipes participantes). Desse total, dez projetos foram selecionados e disputaram a final da competição por meio de uma votação popular, entre eles o “Panorama da Internet nas Escolas Brasileiras”.

O objetivo era transformar informações em grandes ideias e soluções para a Educação. O resultado da maratona foi divulgado no dia ‪26 de novembro, em Brasília, na conferência Data Meeting Brazil. A equipe vencedora ganhou uma viagem para conhecer um dos maiores pólos de negócios tecnológicos do mundo, nos Estados Unidos.

Organizado pela Qubo Tecnologia, empresa brasiliense de tecnologia da informação, com apoio institucional do Todos pela Educação, da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU), a maratona de dados reuniu especialistas em tecnologia, analistas, estudantes e pessoas interessadas em dados de todo o Brasil.

Foi o segundo Desafio de Dados realizado pela Qubo Tecnologia. Para Guimarães, os resultados da primeira edição em 2018 – sobre Saúde Pública no Brasil – foram tão surpreendentes e inovadores que a empresa decidiu escolher como tema a Educação pública brasileira. “Consideramos que a Educação é uma via para a mobilidade social e a chave de progresso individual e de toda a sociedade. Nenhum outro instrumento é tão forte ou capaz de operar significativa transformação na vida do ser humano”, ressalta.

A presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, destacou que o Brasil tem um sistema já robusto de coleta e processamento de dados públicos na Educação, mas que ainda não utiliza essa inteligência de dados na gestão pública. “O que precisamos para fazer o País avançar e garantir, de fato, qualidade da Educação para todos, é formular, implementar e acompanhar políticas públicas baseadas em diagnósticos corretos e em evidências. Nesse sentido, a capacidade de analisar dados é fundamental na gestão pública”.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Qubo Tecnologia

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