ECONOMIA
ARTIGO COM LUIZ BITTENCOURT
PAÍS AVANÇA, APESAR DA PANDEMIA
A pandemia do Corona vírus está assustando o mundo e transformando radicalmente a vida do cidadão.
155 mil pessoas já estão oficialmente infectadas, ultrapassando os 5 mil óbitos em todo o planeta.
Na China, origem de toda essa desordem, o pico da epidemia foi atingido no início de março, ultrapassando os 80 mil casos oficiais, iniciando a fase de controle e recuperação, permitindo ao governo flexibilizar suas restrições.
Em outros países, onde a epidemia se encontra na fase inicial da curva, o pânico se instala sob o clima de um filme de terror.
No Brasil, quase 2 mil casos estão sob investigação, com 10% confirmados oficialmente, sendo o Estado de São Paulo o mais atingido com quase 150 casos, vindo a seguir o Rio de Janeiro com 25 casos.
As reações por aqui são as mais diversas possíveis, porém fica claro que políticas públicas de rigorosa prevenção precisam ser adotadas rapidamente, evitando desastres como na China e na Itália.
Segundo especialistas, se sérias providências para controlar a epidemia não forem tomadas, crise de gigantescas proporções entrará no radar, transtornando famílias e empresas.
Em meio a esse pandemônio, alguns eventos contribuem para resgatar o nível de otimismo do país.
Em viagem aos EUA, em que pese ter provocado contaminação em alguns membros da comitiva, Presidente Bolsonaro sinalizou o desejo brasileiro de aprofundar relações comerciais com os EUA, independente do Mercosul. Libertar-se dessas amarras é um significativo avanço.
Trataram, ainda, da agilização nos trâmites aduaneiros, já a partir do próximo ano e da adesão do Brasil à OCDE.
Há, além do mais, previsão de assinatura de acordo bilateral ainda em 2020 e foi discutido relatório técnico que estrutura as bases de um possível acordo de livre comércio entre os dois países.
Sem sombra de dúvida, encontro extremamente produtivo.
Na área política, a população saiu maciçamente às ruas, em todo território nacional, para declarar em alto e bom som que prefere o regime presidencialista; que elegeu legitimamente o atual Presidente da República e que entende a governabilidade do país dependente da harmonia e, principalmente, da independência entre os poderes.
O recado das ruas revela população integralmente refratária ao regime parlamentarista, seja ele branco ou não.
Importante registrar que a mensagem das ruas evidencia o brasileiro com grau mais elevado de exigência e finalmente mais participativo, lições aprendidas, a duras penas, pelos frutos que colheu de sua passividade em passado recente.
Contra todos os obstáculos e apesar da desordem epidêmica, executivo e sociedade se mantém trabalhando, cada um no seu espaço, pelo desenvolvimento da economia e pela manutenção da ordem democrática no país.
Luiz Bittencourt – Eng. Metalúrgico/UFF; M. of Eng./McGill University/Montreal/Canadá; Pós-graduado em Comércio Exterior/Universidade Mackenzie/SP; Consultor em Relações Institucionais.